O varejo farmacêutico é muito grande e oferece várias oportunidades de atuação. Existem diversos termos farmacêuticos e profissionais envolvidos direta e indiretamente na rotina da farmácia. Podemos encontrar desde farmacêuticos, administradores, gerentes, estoquistas, balconistas, atendentes e entregadores.
Muitos desses profissionais acabam se confundindo com tantas nomenclaturas em meio ao um verdadeiro glossário de termos farmacêuticos! Isso é muito comum, pois existem muitos termos específicos, principalmente sobre medicamentos.
Para o colaborador que não possui formação específica, a comunicação se torna difícil, pois alguns termos farmacêuticos podem não ser compreendidos, afetando a comunicação com a equipe e os clientes.
É fundamental que todos na farmácia tenham conhecimento dos principais termos farmacêuticos e jargões do dia a dia. E para ajudar com essa tarefa, preparamos um guia completo com os termos mais falados na farmácia sobre os medicamentos. Confira!
Remédio é todo produto, tratamento, procedimento utilizado para combater ou aliviar doenças. Geralmente não tem comprovação científica, e registro em órgãos sanitário. Esse é sem dúvida um dos principais termos farmacêuticos que você deve conhecer.
Por exemplo: um banho quente pode ser um remédio para combater o cansaço. Chá de boldo é um remédio recomendado para aliviar os sintomas da azia, mas não tem comprovação de eficácia.
Segundo a Lei nº 5.991/73, medicamento é todo produto farmacêutico tecnicamente obtido ou elaborado com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico.
Mas o que isso significa na prática esses termos farmacêuticos? Significa que para ser considerado medicamento, o produto tem de ser capaz de prevenir, aliviar, curar ou diagnosticar doenças.
O medicamento é produzido em indústrias farmacêuticas ou em farmácias de manipulação. A sua eficácia é comprovada em laboratório. Para ser comercializado, o medicamento tem que possuir registro nos órgãos sanitários.
São encontrados na farmácia na forma de comprimido, cápsula ou líquido. Os medicamentos podem ter várias finalidades:
Fazem parte do grupo fitoterápico os medicamentos produzidos exclusivamente à base de plantas.
Muitas pessoas julgam esses medicamentos como inofensivos à saúde, em termos farmacêuticos, mas quando ingeridos em quantidades abusivas e misturados com outras substâncias, podem causar reações perigosas no organismo, levando a quadros gravíssimos.
O Ginko Biloba é um exemplo de medicamento fitoterápico, é usando no tratamento de problemas de circulação.
Os medicamentos homeopáticos oferecem uma alternativa aos tratamentos convencionais.
Esses termos farmacêuticos são substâncias capazes de causar sintomas de uma determinada doença no organismo sadio, e com isso provocar uma reação do sistema imunológico, que irá produzir defesas naturais para a doença.
Os medicamentos alopáticos são aqueles que produzem o efeito contrário aos sintomas da doença.
Por exemplo: uma pessoa com febre ao ingerir um medicamento alopático, terá esse sintoma reduzido, ou seja, o remédio irá combater o sintoma atuando fisiologicamente no organismo.
Esses medicamentos são os mais usados e receitados no Brasil e no mundo. A Dipirona é um exemplo de medicamento alopático.
Os medicamentos de referência, também chamados de medicamentos de éticos ou de marca, são inovadores no mercado, possuem novos princípios ativos no tratamento de doenças. Sua qualidade, eficácia terapêutica e segurança são garantidos por longos anos de estudo e desenvolvimento.
Entenda que esses termos farmacêuticos exigem grandes investimentos dos laboratórios, e por isso sua composição é protegida por lei de patente, ou seja, não podem ser copiados por outros laboratórios durante 20 anos.
Após esse período fica permitido sua utilização como parâmetro para a produção de outros medicamentos com o mesmo princípio ativo. O laboratório Bayer é um exemplo de referência no mercado.
Os genéricos, são os medicamentos geralmente produzidos após o fim da patente dos medicamentos de referência. Os termos farmacêuticos de Medicamentos Genéricos e Medicamentos de Referência possuem o mesmo:
Mas são mais baratos por não serem de marca. O registro dos genéricos no Brasil, teve início em 1999 por meio da lei 9.787, até junho de 2017 a ANVISA registrou cerca de 4.886 medicamentos genéricos.
Já os medicamentos chamados similares, possuem características parecidas com os medicamentos de referência e genéricos, podendo ser diferentes em:
Porém não tem a bioequivalência comprovada, ou seja, não se sabe se terá o mesmo resultado.
Você já deve ter percebido que são muitas semelhanças entre esses tipos de medicamentos, e deve estar se perguntando se eles podem ser substituídos. E a resposta é sim!
O ato de trocar medicamentos é chamado de intercambialidade. Porém existem algumas regras para fazer essas trocas que são definidas pela ANVISA.
Quando dois medicamentos produzidos de formas diferentes possuem o mesmo resultado esperado, são chamados de bioequivalentes, como termos farmacêuticos.
O princípio ativo também pode ser chamado de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) é uma substância química ativa do medicamento, ou seja, é uma substância química que age em uma determinada parte do corpo.
Por exemplo: Quando o farmacêutico indica um medicamento para aliviar a dor de cabeça, a substância específica que irá agir no local da dor é chamado de princípio ativo.
Simplificando os termos farmacêuticos: o princípio ativo é responsável pelo efeito esperado do medicamento.
Substância é a matéria formada por átomos e moléculas de elementos e proporções específicas. Cada substância possui propriedades e uma composição química, ou seja, cada substância possui uma aplicação.
Por exemplo: um medicamento para combater a dor, terá em sua composição substância com essa propriedade. Todo medicamento é formado por substâncias, que podem ser de origem:
Vamos dizer que o excipiente é a “maquiagem” do medicamento. Se fôssemos consumir somente o princípio ativo, os medicamentos teriam o tamanho menor do que a cabeça de um prego. É por isso que existem os excipientes.
Os excipientes também são substâncias, mas não tem qualquer ação no organismo, são meros coadjuvantes. Seu papel é facilitar:
A Fórmula Farmacêutica é a descrição detalhada das substâncias, insumos, quantidades, e demais informações relacionadas à composição. É utilizada pela indústria ou farmácia de manipulação para o preparo do medicamento, sendo importante que você entenda esses termos farmacêuticos.
A forma física dos medicamentos dentro dos termos farmacêuticos é chamada de forma farmacêutica. Na farmácia podemos encontrar um mesmo medicamento em várias formas farmacêuticas que agem da mesma forma no organismo. Os medicamentos podem ser:
Na forma sólida, os medicamentos podem conter as seguintes apresentações:
As apresentações na forma semissólida, podem ser:
Já nas apresentações líquidas, podem ser:
Existem também outros grupos, como:
A via de administração é a forma de entrada do medicamento no organismo. O medicamento pode ser administrado pelas vias:
Cada Via de Administração tem suas vantagens e desvantagens.
Por exemplo: uma criança terá melhor aceitação em tomar um medicamento líquido por via oral, do que uma aplicação intravenosa, ou seja, através de uma seringa. Claro que a escolha da via deverá ser sempre do médico ou do farmacêutico.
Fonte: inovafarma.com.br